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Como podem os adolescentes sobreviver a mais um confinamento?

  • VeraCorreia
  • 19 de fev. de 2021
  • 2 min de leitura

É hoje consensual que a adolescência inclui um pico de transformações biológicas, psicológicas e sociais que correspondem a uma janela de oportunidades nos contextos social, cultural e coletivo. Sabemos também que o contacto e a proximidade físicos são fulcrais para o desenvolvimento social e cognitivo e para a estabilidade emocional do ser humano. É na escola e nas suas interações que aprendem mais sobre si e sobre o mundo e é lá que os confrontos com situações adversas ocorrem, tendo os jovens de procurar soluções e desenvolver capacidades de adaptação.


Tínhamos iniciado o primeiro confinamento há meia dúzia de dias e já eu dava eco a preocupações com esta faixa etária, considerando, desde o início, ser aquela que maiores repercussões teria num pós-confinamento. Aos poucos, foram desafiados a retomar - de forma gradual e condicionada - as relações interpessoais, exclusivamente nos intervalos entre as aulas e, de repente, são novamente empurrados para um novo confinamento, para novas vivências negativas de distanciamento social provocado pelo encerramento das escolas. Mais uma vez, a interrupção nas rotinas e o confinamento podem gerar medos, incertezas e ansiedades que afetam, de forma efémera, o bem-estar e a qualidade de vida dos jovens. Por isso, é especialmente importante estarmos mais atentos do que nunca a vários sinais.


Se a adolescência por si só, pode ser um período de stress e apreensão, adolescer durante e após um confinamento pode tornar-se ainda mais desafiante. Nesse sentido, o cuidado com esta faixa etária é imperativo: porque os transtornos que surgem em plena fase produtiva e de desenvolvimento, em jovens saudáveis, trazem prejuízos cumulativos até à idade adulta e, numa segunda linha de análise, porque os jovens estarão mais vulneráveis, mesmo depois do fim desta crise e por longos meses.


Cabe então refletir: é possível ultrapassar confinamento atrás de confinamento com uma réstia de saúde mental? Claro que sim! Só precisas de encontrar o equilíbrio entre a mente e o corpo.


 
 
 

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